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Inquilino a olhar para as caixas antes de ser despejado

Despejar um Inquilino: Como fazer?

Sumário
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    Despejar um inquilino pode ser um processo complicado e demorado, mas em certas situações é a única solução. Neste artigo, vamos explicar de forma simples e clara como pode proceder legalmente, sem complicações e respeitando os direitos de ambas as partes. Continue a ler para saber mais.

    Procedimento Legal para Despejo

    Em Portugal, o despejo de um inquilino requer o cumprimento de procedimentos legais rigorosos, para garantir que os direitos de ambas as partes sejam respeitados. O processo pode ser necessário por vários motivos, incluindo o incumprimento do pagamento de rendas, uso indevido da propriedade ou término do contrato de arrendamento sem que o inquilino desocupe o imóvel.

    Passos para Iniciar o Despejo

    1. Notificação Formal
      O primeiro passo para iniciar o processo de despejo é enviar uma notificação formal ao inquilino. Esta notificação deve ser feita por escrito, geralmente por carta registada com aviso de receção, e deverá indicar o motivo do despejo, concedendo ao inquilino um prazo razoável para corrigir a situação (normalmente 30 dias, no caso de rendas em atraso). Este passo é fundamental para documentar o incumprimento e criar uma base legal sólida.

    2. Prazo para Resolução da Situação
      Após a notificação, o inquilino tem um prazo definido para resolver o problema. No caso de rendas em atraso, o inquilino pode liquidar a dívida dentro do prazo estipulado para evitar a ação de despejo. Caso o problema não seja resolvido dentro deste período, o senhorio poderá avançar com uma ação formal de despejo.

    3. Ação de Despejo
      Se o inquilino não cumprir com a notificação, o senhorio pode avançar com uma ação de despejo. Esta ação é geralmente iniciada no Balcão Nacional de Arrendamento (BNA), que gere o Procedimento Especial de Despejo (PED). Este procedimento permite uma resolução mais rápida e eficiente do caso, sem a necessidade de passar por um processo judicial longo e dispendioso.

    4. Procedimento Especial de Despejo (PED)
      O PED é um mecanismo simplificado que facilita a recuperação da posse do imóvel de forma mais célere. Para iniciar o PED, o senhorio deve submeter o pedido no BNA, anexando a documentação necessária, como o contrato de arrendamento, a notificação formal e eventuais provas do incumprimento. O inquilino será notificado e terá um prazo para contestar. Caso não haja contestação, o despejo será confirmado.

    5. Execução da Ordem de Despejo
      Se o inquilino não sair voluntariamente após a ordem de despejo, o senhorio poderá solicitar a intervenção das autoridades competentes, como a polícia, para garantir a execução da ordem e a recuperação do imóvel.

    Motivos Legais para Despejo:

    • Falta de pagamento das rendas
    • Uso indevido da propriedade (atividade ilegal, subarrendamento não autorizado, etc.)
    • Necessidade do senhorio de utilizar o imóvel para uso próprio ou de familiares diretos
    • Incumprimento de obrigações contratuais claras e específicas

    Ação de Despejo Simplificada

    Em Portugal, existe um procedimento rápido e simplificado para lidar com situações de despejo: o Procedimento Especial de Despejo (PED). Este processo foi criado para ajudar os senhorios a resolver, de forma célere, os casos em que o inquilino não cumpre as suas obrigações, como o pagamento de rendas.

    O PED pode ser iniciado online, através do Balcão Nacional de Arrendamento (BNA), o que torna o processo mais eficiente e menos burocrático. No entanto, é crucial seguir todos os passos corretamente para evitar atrasos ou complicações, e é aqui que o apoio de um advogado faz toda a diferença.

    Como funciona o PED?

    1. Início do Processo: O senhorio submete o pedido de despejo online no BNA, juntando toda a documentação necessária, como o contrato de arrendamento e comprovativos de incumprimento.

    2. Notificação do Inquilino: Após a submissão, o inquilino é notificado e tem um prazo limitado (normalmente 15 dias) para contestar ou regularizar a situação, como o pagamento das rendas em atraso.

    3. Falta de Contestação: Se o inquilino não contestar dentro do prazo, será emitida automaticamente uma ordem de despejo.

     

    Direitos do Inquilino Durante o Despejo

    Mesmo quando o proprietário avança com um processo de despejo, o inquilino tem direitos importantes que devem ser respeitados. Estes direitos garantem que o processo ocorra de forma justa e que o inquilino tenha a oportunidade de se defender. Os principais direitos incluem:

    • Direito de contestar a ação: O inquilino pode contestar o pedido de despejo, seja por não concordar com os motivos apresentados, seja por considerar que não houve incumprimento das suas obrigações contratuais.

    • Direito de apresentar provas: O inquilino pode reunir e apresentar provas que sustentem a sua defesa, como documentos que provem o pagamento de rendas ou outras justificações válidas para contestar a ação de despejo.

    • Direito a solicitar mais tempo: Em situações de especial vulnerabilidade, como dificuldades financeiras, problemas de saúde ou questões familiares, o inquilino pode pedir mais tempo para sair do imóvel. Isto pode ser decidido pelo tribunal, caso a situação seja considerada relevante.

    • Direito à assistência social: Se o inquilino se encontrar numa situação de extrema vulnerabilidade social, pode solicitar assistência junto das autoridades competentes, que poderão intervir ou mediar a situação.

    • Direito de ser notificado adequadamente: O inquilino deve ser informado formalmente sobre o início do processo de despejo, com todos os detalhes legais, prazos e condições a cumprir, assegurando que tem tempo para preparar a sua defesa.

    • Direito de ser tratado com dignidade: Mesmo em situações de despejo, o inquilino tem o direito de ser tratado de forma justa e respeitosa. O despejo não pode ser feito de forma abusiva, e qualquer recurso à força deve seguir as devidas normas legais.

    • Direito a compensação por incumprimento do senhorio: Se o despejo for considerado indevido, o inquilino pode exigir compensações por danos materiais ou morais causados pelo processo.


    Resumo dos Direitos do Inquilino:

    • Contestação da ação de despejo
    • Apresentação de provas
    • Pedido de mais tempo para desocupar o imóvel
    • Solicitação de assistência social
    • Notificação formal e adequada
    • Tratamento digno durante o processo
    • Compensação em caso de despejo indevido

    Ao garantir que estes direitos são respeitados, o processo de despejo torna-se mais justo e transparente para ambas as partes.

    motivos para despejo

    Motivos para Despejo

    Em Portugal, o despejo de um inquilino só pode ocorrer por motivos específicos previstos na lei. Estes motivos protegem tanto os direitos do proprietário quanto os do inquilino, garantindo que o processo seja conduzido de forma justa e legal. Entre as principais razões para o despejo, destacam-se:

    • Incumprimento do pagamento da renda: O motivo mais comum para iniciar um processo de despejo. Se o inquilino falhar no pagamento de uma ou mais rendas, o proprietário tem o direito de exigir a desocupação do imóvel. Antes de avançar com o despejo, o inquilino deve ser formalmente notificado para regularizar os valores em atraso num prazo definido.

    • Uso indevido da propriedade: Se o inquilino utilizar o imóvel para fins diferentes dos estipulados no contrato de arrendamento, como atividades comerciais ou ilegais, o proprietário pode iniciar um processo de despejo. O uso da propriedade fora do que foi acordado pode levar a uma rescisão antecipada do contrato.

    • Necessidade do imóvel para uso próprio ou familiar: O proprietário pode rescindir o contrato de arrendamento se necessitar do imóvel para habitação própria ou para familiares diretos (como filhos ou pais). Este motivo exige também uma notificação formal ao inquilino com antecedência, para que este tenha tempo de se preparar para a saída.

    Documentação Necessária

    Independentemente do motivo, todos os processos de despejo requerem documentação formal. Isto inclui:

    • Notificação ao inquilino: Um aviso formal deve ser enviado ao inquilino, detalhando o motivo do despejo e oferecendo um prazo para resolver a situação.
    • Prova de incumprimento: No caso de não pagamento de rendas, o proprietário deve fornecer provas claras, como recibos em falta ou extratos bancários.
    • Contrato de arrendamento: O contrato original de arrendamento deve ser apresentado para validar os termos acordados e comprovar a infração.

    Pontos-chave a ter em mente:

    • Sempre siga os procedimentos legais para evitar problemas futuros.
    • A comunicação formal com o inquilino é obrigatória e deve ser documentada.
    • Os prazos e as regras variam conforme o motivo do despejo, mas o cumprimento da legislação é essencial.

    Motivos para despejo em resumo:

    • Incumprimento do pagamento de rendas
    • Uso indevido do imóvel
    • Necessidade do imóvel para o proprietário ou familiares

    Custos e Tempo para Despejo

    O custo do procedimento de despejo em Portugal pode variar consoante vários fatores. Em geral, os custos são divididos em duas categorias principais: custos legais e custos com advogados. Abaixo estão os detalhes para cada uma dessas áreas:

    1. Taxas judiciais: Estas incluem o valor necessário para dar início ao procedimento no tribunal ou através do Balcão Nacional de Arrendamento (BNA). O valor pode depender da natureza do processo e da região em que o imóvel está localizado.

    2. Honorários de advogados: Caso opte por contratar um advogado, é importante lembrar que os honorários podem variar de acordo com a complexidade do processo, a experiência do advogado e o tempo necessário para o acompanhamento do caso. Embora o advogado não seja obrigatório, é altamente recomendado, sobretudo em casos mais complexos.

    3. Outros custos: Poderão surgir outras despesas, como taxas para a notificação formal do inquilino ou custos relacionados com o recurso a serviços de mediação.

    Em termos de tempo, o procedimento de despejo pode variar de caso para caso, dependendo de fatores como:

    • Se o inquilino contesta o despejo;
    • A carga de trabalho do tribunal onde o processo está a ser tratado;
    • A complexidade da situação, como por exemplo a existência de dívidas acumuladas ou situações de vulnerabilidade social por parte do inquilino.

    De forma geral, o tempo estimado para concluir um processo de despejo varia entre dois meses e um ano. No entanto, casos mais simples, em que o inquilino não oferece resistência, podem ser resolvidos em menos tempo.

    Papel do Advogado

    O advogado desempenha um papel essencial em todo o processo de despejo, assegurando que o proprietário segue todos os trâmites legais e que os seus direitos são salvaguardados. A sua intervenção começa logo no início, com a elaboração da notificação formal para o inquilino, um passo crucial que, se mal executado, pode atrasar ou invalidar todo o processo.

    Ao longo do processo, o advogado:

    • Elabora e envia a notificação: A primeira ação legal para iniciar o processo de despejo. Esta notificação deve ser clara, objetiva e estar de acordo com a legislação aplicável, detalhando os motivos do despejo e concedendo ao inquilino um prazo para resolver a situação.

    • Prepara e reúne toda a documentação: Desde contratos de arrendamento, recibos de rendas em atraso até comunicações anteriores com o inquilino. Esta documentação será usada como prova em tribunal ou no Balcão Nacional de Arrendamento.

    • Submete o Procedimento Especial de Despejo (PED): Caso a situação não seja resolvida após a notificação, o advogado inicia o PED, através do Balcão Nacional de Arrendamento, para agilizar o processo.

    • Representa o proprietário em tribunal: Se o inquilino contestar o despejo, o advogado defende o proprietário em tribunal, apresentando os argumentos legais e a documentação necessária.

    • Negocia soluções extrajudiciais: Sempre que possível, o advogado pode negociar diretamente com o inquilino para evitar um processo judicial demorado e dispendioso, propondo soluções que beneficiem ambas as partes.

    • Garante o cumprimento da ordem de despejo: Quando a ordem de despejo é emitida, o advogado acompanha a sua execução, garantindo que o inquilino desocupa o imóvel dentro do prazo estipulado e que os direitos do proprietário são plenamente respeitados.

    Resumo dos principais papéis do advogado no despejo:

    • Elaboração e envio da notificação formal.
    • Recolha e organização de toda a documentação necessária.
    • Submissão do Procedimento Especial de Despejo.
    • Representação em tribunal, se necessário.
    • Negociação de soluções amigáveis.
    • Acompanhamento da execução da ordem de despejo.

    A presença de um advogado experiente não só facilita o processo de despejo, como também assegura que os direitos do proprietário sejam defendidos em todas as fases do processo.

    (chamada para a rede móvel nacional)

    FAQ - Perguntas Frequentes

    O Procedimento Especial de Despejo (PED) é uma forma rápida e simplificada de resolver situações em que o inquilino não cumpre com as suas obrigações. Este processo foi criado para agilizar a recuperação da posse do imóvel por parte do senhorio, sem precisar passar por longos processos judiciais. O PED é iniciado no Balcão Nacional de Arrendamento (BNA) e pode ser feito online, tornando-o acessível e rápido.

    Em que situações pode ser iniciada uma ação de despejo?
    Existem várias razões que podem levar à ação de despejo, sendo as mais comuns:

    • Falta de pagamento de rendas: Quando o inquilino não paga as rendas devidas, o senhorio pode iniciar o processo.
    • Violação de cláusulas do contrato: Situações como subarrendamento não autorizado ou alterações indevidas ao imóvel podem justificar o despejo.
    • Necessidade do imóvel para uso próprio ou familiar: Se o senhorio ou familiares próximos precisarem de ocupar o imóvel, este é um motivo legítimo.
    • Outras violações legais ou contratuais: Por exemplo, comportamentos inadequados, como perturbação constante da vizinhança.

    Passos a seguir:

    • Enviar carta registada com aviso de receção
    • Estabelecer um prazo para regularizar a dívida
    • Guardar todas as comunicações como prova

    O tempo necessário para concluir um despejo varia conforme vários fatores, como a complexidade do caso e se o inquilino contesta a ação. No caso do PED, se o inquilino não contestar, o despejo pode ser concluído em cerca de dois a três meses. No entanto, se houver contestação, o processo pode arrastar-se até um ano ou mais, dependendo das fases processuais e da carga de trabalho dos tribunais.

    Os custos de um despejo podem variar, mas há despesas fixas com taxas judiciais e custos associados ao uso do BNA. Além disso, se optar por recorrer a um advogado (recomendado), os honorários advocatícios irão depender da complexidade do caso e do advogado escolhido. Em resumo:

    • Taxas judiciais: valores fixos, definidos por lei.
    • Honorários do advogado: custos variáveis, dependendo do serviço contratado.
    • Possíveis custos adicionais com notificações ou execução da ordem de despejo.

    Sim, o não pagamento da renda é uma das principais razões para iniciar um processo de despejo. Se o inquilino não paga a renda por mais de um mês, o senhorio tem o direito de iniciar o Procedimento Especial de Despejo. Antes de avançar, o senhorio deve notificar o inquilino e oferecer-lhe um prazo para regularizar a situação.

    Sim, o inquilino tem o direito de contestar o processo de despejo, desde que tenha motivos válidos. No âmbito do PED, o inquilino deve apresentar a sua defesa dentro de um prazo estipulado, normalmente 10 dias úteis após a notificação. O tribunal irá então analisar os argumentos apresentados, e se o inquilino tiver motivos válidos, o processo pode ser interrompido ou prolongado.

    Embora a contratação de um advogado não seja obrigatória, é altamente recomendada. O processo de despejo pode ter muitas nuances legais, e um advogado especializado assegura que todos os passos são seguidos corretamente, evitando atrasos ou complicações. Além disso, o advogado pode representar o senhorio em tribunal, se for necessário.

    Se, após a ordem de despejo, o inquilino não sair voluntariamente, o senhorio pode recorrer às autoridades. Neste caso:

    • A polícia poderá ser chamada para fazer cumprir a ordem judicial.
    • O tribunal pode autorizar a entrada forçada no imóvel para assegurar a saída do inquilino.
    • Eventualmente, os custos adicionais com a execução do despejo poderão ser cobrados ao inquilino.