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contrato de promessa de compra e venda pousado na secretaria para ser assinado

CPCV: o que é, que riscos tem e como proteger o teu sinal

Sumário
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    Evita surpresas e protege o teu investimento

    Assinar um CPCV sem saber o que estás realmente a aceitar pode custar-te o sinal — ou muito mais. Neste guia, explicamos, de forma clara e prática, o que é o contrato-promessa de compra e venda, que riscos deves evitar e como garantir que o documento protege o teu investimento na compra de casa

    O que é o contrato-promessa de compra e venda (CPCV)?

    O CPCV é um contrato preliminar, no qual comprador e vendedor assumem a obrigação futura de celebrar a escritura definitiva de compra e venda. Está previsto no artigo 830.º do Código Civil.

    Apesar de ser uma “promessa”, tem valor jurídico real: obriga ambas as partes ao cumprimento, salvo se existir cláusula de arrependimento (pouco comum).

    Assinar um CPCV mal redigido pode gerar perdas financeiras graves, incluindo a perda do sinal ou indemnizações elevadas.

    O que deve constar num CPCV bem feito?

    Um CPCV robusto inclui:

    • Identificação completa das partes;
    • Descrição exata do imóvel e registo predial;
    • Valor total e forma de pagamento;
    • Valor do sinal e reforços, se houver;
    • Prazo para celebração da escritura;
    • Condições suspensivas (ex: aprovação do crédito);
    • Penalizações em caso de incumprimento;
    • Encargos adicionais (IMT, escritura, condomínio, etc).

    💡 Dica jurídica: cláusulas genéricas favorecem sempre quem redige. Nunca assines sem revisão jurídica.

    Quais os maiores riscos para quem assina o CPCV?

    1. Cláusulas desequilibradas

    • Penalizações só para o comprador
    • Falta de prazo para escritura
    • Exclusão de garantias legais

    2. Perda do sinal por desistência

    • Mesmo por motivos fora do teu controlo (ex: crédito recusado)

    3. Insegurança documental

    • Imóveis sem licenciamento
    • Penhoras ou ónus ocultos
    • Falta de registo atualizado

    🛑 Confia, mas verifica — especialmente se o CPCV for proposto pela imobiliária ou pelo vendedor.

    Qual o valor do sinal e o que acontece se algo correr mal?

    O sinal corresponde, geralmente, a 10% a 20% do valor do imóvel. Serve como garantia do negócio e será abatido ao valor final.

    Se desistires sem justificação legal, podes perder o sinal.

    Se for o vendedor a desistir:

    • Terá de devolver o sinal em dobro, salvo acordo diferente.

    ⚠️ Importante: se o CPCV não mencionar esta regra expressamente, há margem para litígio. Um contrato bem redigido evita isso.

    (chamada para a rede móvel nacional)

    cpcv

    Quem redige o CPCV: advogado, banco ou imobiliária?

    Muitos CPCVs são apresentados pela imobiliária ou por advogados do vendedor.

    Outros são “pré-formatados” por bancos como condição do crédito — o que não garante que defendam os teus interesses.

    ✍️ Ideal: o comprador deve ter o contrato revisto por um advogado próprio, com cláusulas de proteção como:

    • Condição de crédito aprovado;
    • Limite de responsabilidades;
    • Penalizações equilibradas.

    É obrigatório ir a notário ou fazer escritura?

    O CPCV não exige notário nem escritura pública — pode ser feito por escrito particular.

    Contudo, para reforçar a segurança:

    • Reconhecer assinaturas é recomendável;
    • Registar o CPCV na Conservatória (com eficácia real) protege o comprador de futuras penhoras.

    🛡️ Um CPCV com eficácia real salvaguarda o teu direito à aquisição, mesmo que o vendedor tente vender a terceiros.

    Eficácia real significa que o contrato passa a produzir efeitos perante terceiros, garantindo o teu direito à aquisição.

    Conclusão: como blindar juridicamente a tua compra?

    Antes de assinar um CPCV:

    • Pede uma minuta para análise jurídica;
    • Verifica a documentação do imóvel (registo, licença, ónus);
    • Garante que todas as condições estão por escrito;
    • Exige cláusulas de salvaguarda ligadas ao crédito e prazos;
    • Não cedas à pressão de agentes ou promotores.

    Na QUOR, o nosso advogado imobiliário ajuda compradores a protegerem o investimento mais importante das suas vidas com contratos claros, seguros e legalmente blindados.

    (chamada para a rede móvel nacional)

    FAQ - Perguntas Frequentes

    É o contrato que formaliza a intenção de compra e venda, vinculando juridicamente ambas as partes até à escritura.

    Sim, se desistires sem causa justificada ou cláusula que permita arrependimento.

    Podem, mas isso não garante que o contrato defenda os teus interesses. Pede sempre revisão jurídica.

     Não, mas é recomendável para efeitos de prova e registo.

    Sim, desde que aceites pelas partes. Cláusulas como dependência do crédito são essenciais

    Vais assinar um CPCV? Faz uma revisão jurídica antes.

    Se tens dúvidas sobre a herança ou receios de ser prejudicado(a), fala connosco. Analisamos o teu caso com discrição e rigor.

    advogada mónica martins

    A Dra. Monica Martins já ajudou dezenas de clientes em contratos de promessa de compra e venda com justiça, segurança e sem erros legais evitáveis.

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