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Stalker a fazer pesquisas nas redes sociais

Stalking nas Redes Sociais

Sumário
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    O uso das redes sociais tem vindo a crescer exponencialmente, mas também trouxe novos riscos. Um dos mais preocupantes é o stalking nas redes sociais, uma forma de perseguição que causa grande desconforto às vítimas. Quer saber como identificar este comportamento e o que a lei portuguesa prevê? Continue a leitura para descobrir como se proteger.

    O que é o Stalking nas Redes Sociais?

    O stalking nas redes sociais refere-se à perseguição contínua e intrusiva de uma pessoa através de plataformas digitais, com o objetivo de a controlar ou monitorizar de forma obsessiva. Esta forma de assédio pode ocorrer em várias redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter, entre outras, e pode envolver comportamentos como:

    • Envio de mensagens insistentes, mesmo sem resposta da vítima.
    • Monitorização das atividades online da vítima, incluindo comentários e gostos em todas as publicações.
    • Criação de perfis falsos para se aproximar da vítima ou seguir as suas interações sem ser detectado.
    • Partilha de informações pessoais ou fotos da vítima sem consentimento.
    • Tentativas de invadir a privacidade digital da vítima, como aceder a contas ou dispositivos pessoais.

    Este comportamento causa ansiedade, medo e stress emocional na vítima, que muitas vezes se sente constantemente vigiada ou ameaçada. Mesmo que as interações pareçam inofensivas no início, o stalking pode escalar rapidamente para um assédio mais grave, afetando a vida pessoal e profissional da vítima.

     

    Stalking Digital é Crime em Portugal

    Em Portugal, o stalking foi reconhecido como crime com a entrada em vigor da Lei n.º 83/2015, que alterou o Código Penal, incluindo o artigo 154.º-A sobre perseguição. Esta lei abrange o stalking digital, equiparando-o ao stalking tradicional, com as seguintes disposições:

    • Quem, de forma reiterada, perseguir ou assediar uma pessoa, diretamente ou por meios eletrónicos, pode ser condenado a uma pena de prisão até 3 anos.
    • Para que seja considerado crime, o stalking deve causar medo, ansiedade, ou afetar significativamente a liberdade ou vida privada da vítima.
    • A vítima pode requerer medidas de proteção, como ordens de afastamento, para garantir a sua segurança.

    Além da pena de prisão, o stalker pode ser obrigado a pagar indemnizações à vítima pelos danos causados.

    Comportamentos que Podem Indicar Stalking nas Redes Sociais

    Para reconhecer se está a ser alvo de stalking nas redes sociais, preste atenção aos seguintes sinais:

    • Mensagens insistentes: O stalker envia-lhe mensagens de forma constante, mesmo que não responda.
    • Monitorização excessiva: Alguém está sempre a gostar ou a comentar todas as suas publicações, ou a seguir todos os seus passos digitais.
    • Perfis falsos: O stalker cria contas falsas para continuar a acompanhar as suas atividades depois de ser bloqueado.
    • Invasão de privacidade: Utilização indevida das suas fotografias, vídeos ou informações pessoais.

    Estes comportamentos podem ser prejudiciais à sua segurança e bem-estar. Se reconhecer algum destes sinais, é importante tomar medidas para proteger-se e procurar ajuda.


    Em resumo, o stalking nas redes sociais pode incluir:

    • Envio persistente de mensagens sem consentimento.
    • Criação de perfis falsos para seguir ou interagir com a vítima.
    • Partilha indevida de informações pessoais ou fotos.
    • Monitorização constante das atividades da vítima.

    Como se Proteger do Stalking nas Redes Sociais?

    Proteger-se de stalking nas redes sociais é essencial para preservar a sua segurança e privacidade online. Se está a ser alvo de perseguição ou deseja evitar esta situação, siga estas boas práticas:

    1. Privacidade é a chave
      A melhor defesa começa com a prevenção. Configure todas as suas redes sociais para que apenas amigos ou seguidores aprovados possam ver as suas publicações. Ajuste também as definições de privacidade, controlando quem pode ver as suas atividades, fotos e informações pessoais.
      Lembre-se: quanto mais protegido estiver o seu perfil, menor será a possibilidade de stalkers acederem à sua vida pessoal.

    2. Bloquear o stalker
      Se identificar um comportamento suspeito ou insistente por parte de algum utilizador, não hesite em bloqueá-lo imediatamente. Esta ação impede o stalker de aceder às suas atualizações e impede novas tentativas de contacto. Nas redes sociais, o bloqueio é a ferramenta mais rápida e eficaz para cortar o acesso de uma pessoa indesejada à sua vida digital.

    3. Guardar provas
      Registe e guarde todas as provas de stalking. Isto inclui mensagens, capturas de ecrã de perfis falsos, tentativas de contacto repetido e qualquer outra interação suspeita. Estes documentos serão fundamentais caso decida denunciar o comportamento às autoridades ou iniciar uma ação legal. Quanto mais informações tiver, mais fácil será construir um caso sólido.

    4. Denunciar o comportamento
      A maioria das redes sociais, como o Facebook, Instagram e Twitter, permite denunciar perfis abusivos ou suspeitos diretamente na plataforma. Ao denunciar o stalker, a própria rede social poderá intervir, limitando ou eliminando a conta abusiva. Certifique-se de seguir os passos indicados para realizar a denúncia de forma eficaz, garantindo que o comportamento será avaliado.

    5. Procure apoio legal
      Caso o stalking continue ou agrave, é importante contactar um advogado especializado em direito penal e digital. O crime de perseguição está previsto no Código Penal português (artigo 154.º-A), e um advogado poderá orientá-lo sobre as medidas legais que pode tomar, como a apresentação de uma queixa-crime ou até a solicitação de uma medida de afastamento do agressor.

    Para garantir a sua segurança, siga estas boas práticas:

    • Configure a privacidade do seu perfil de forma restritiva.
    • Bloqueie o stalker assim que detetar comportamento indesejado.
    • Guarde provas de todas as interações abusivas.
    • Denuncie o comportamento nas plataformas sociais.
    • Consulte um advogado se o comportamento continuar ou se agravar.
    stalking

    O que Fazer se for Vítima de Stalking?

    Se for vítima de stalking, é importante agir rapidamente e de forma assertiva. Não está sozinho e há recursos legais que podem ajudá-lo a proteger-se e garantir a sua segurança. Abaixo estão os passos essenciais que deve seguir:

    1. Contactar um advogado 
      Um advogado em direito penal pode orientá-lo em todas as etapas legais, garantindo que está a tomar as melhores decisões para proteger os seus direitos. O advogado pode ajudá-lo a:

      • Entender as opções legais disponíveis.
      • Recolher provas adequadas (como mensagens, capturas de ecrã, testemunhos) que poderão ser usadas num eventual processo judicial.
      • Preparar e apresentar uma queixa formal às autoridades, se necessário.
    2. Denunciar às autoridades
      O stalking é considerado um crime em Portugal desde a introdução da Lei n.º 83/2015, e as autoridades estão preparadas para lidar com estas situações. Ao fazer a denúncia:

      • Pode obter medidas de proteção imediata, como uma ordem de afastamento do agressor.
      • As autoridades podem iniciar uma investigação para determinar o nível de ameaça e as ações necessárias.
      • Terá apoio na recolha de provas para um possível julgamento.
    3. Solicitar medidas de afastamento
      Caso o comportamento do stalker seja persistente e ameaçador, pode solicitar ao tribunal uma medida de afastamento. Estas medidas são desenhadas para garantir a sua segurança e impedir o agressor de se aproximar. As medidas podem incluir:

      • Proibição de contacto, tanto presencial como por meios digitais (telefonemas, mensagens, redes sociais).
      • Proibição de frequentar o seu local de trabalho, residência ou qualquer outro local por si frequentado.

    Recursos e Ações Imediatas:

    • Mantenha um registo detalhado de todas as interações com o stalker, incluindo capturas de ecrã, mensagens e testemunhos de terceiros.
    • Configure as suas contas nas redes sociais para aumentar a privacidade, limitando o acesso apenas a amigos ou contactos próximos.
    • Altere as suas passwords regularmente e active a verificação em dois passos nas suas contas digitais.
    • Procure apoio psicológico se sentir que a situação está a afetar o seu bem-estar emocional.

    A QUOR Advogados está aqui para ajudar. Agende uma consulta para compreender melhor os seus direitos e as medidas legais que pode tomar.

    Em Resumo

    O stalking nas redes sociais é um tipo de perseguição que, embora possa parecer inofensivo no início, pode rapidamente escalar e tornar-se uma verdadeira ameaça à privacidade e ao bem-estar da vítima. O perseguidor, também conhecido como “stalker”, vigia as atividades da vítima, envia mensagens incessantes ou utiliza perfis falsos para a monitorizar. Este comportamento abusivo gera grande desconforto e pode causar danos psicológicos severos.

    Com a digitalização crescente das nossas interações, o stalking digital tem vindo a aumentar, e muitas pessoas não sabem como reagir ou que medidas tomar. Ignorar este tipo de perseguição não é uma opção, pois quanto mais tempo passa, maior é o risco de o comportamento do stalker se agravar.

    A boa notícia é que, em Portugal, a lei protege as vítimas de stalking, inclusive nas redes sociais. A Lei n.º 83/2015 alterou o Código Penal para incluir o crime de perseguição (artigo 154.º-A), o que significa que o stalker pode ser punido com pena de prisão até 3 anos. Para garantir que a sua situação é tratada da melhor forma, é essencial consultar um advogado especializado em direito digital e criminal.

    Na QUOR Advogados, oferecemos aconselhamento especializado para que possa entender as opções legais à sua disposição. Os nossos advogados ajudarão a preparar uma queixa formal, recolher provas e tomar todas as medidas necessárias para garantir a sua segurança.

    Não adie a resolução do problema. Quanto mais cedo agir, mais cedo poderá recuperar o controlo da sua vida digital e proteger a sua privacidade.

    Contacte-nos hoje mesmo e marque uma consulta telefónica. Saberá como a lei portuguesa pode defendê-lo e que passos práticos deve dar para se proteger do stalking digital.

    (chamada para a rede móvel nacional)

    FAQ - Perguntas Frequentes

    O stalking nas redes sociais é um comportamento obsessivo de perseguição realizado através de plataformas digitais como o Facebook, Instagram, LinkedIn, entre outras. Envolve a monitorização constante das atividades de uma pessoa, seja através de mensagens indesejadas, seguimento de publicações ou até através da criação de perfis falsos para observar ou interagir com a vítima sem o seu consentimento. O objetivo do stalker é, muitas vezes, controlar, intimidar ou perturbar a vítima, criando uma sensação de insegurança.

    Sim, em Portugal, o stalking é considerado um crime desde 2015, após a introdução do artigo 154.º-A no Código Penal. Este artigo tipifica o crime de "perseguição", que inclui tanto perseguição física como digital, ou seja, o stalking online. A lei protege as vítimas, permitindo-lhes apresentar queixa contra o agressor, sendo que o stalker pode enfrentar uma pena de prisão até 3 anos.

    Há vários sinais que podem indicar que está a ser vítima de stalking digital. Estes incluem:

    • Mensagens insistentes: O stalker envia mensagens repetidamente, mesmo sem obter resposta.
    • Monitorização das suas atividades: O stalker interage constantemente com as suas publicações, quer seja através de "gostos", comentários ou partilhas, muitas vezes de forma excessiva e invasiva.
    • Perfis falsos: O stalker cria perfis falsos para continuar a monitorizar as suas atividades sem ser notado.
    • Invasão de privacidade: O stalker pode usar as suas informações pessoais, como fotos, para tentar controlá-lo ou intimidá-lo.

    Se experienciar algum destes comportamentos, pode estar a ser vítima de stalking.

    Proteger-se do stalking nas redes sociais requer tomar medidas preventivas e rápidas. Aqui estão algumas sugestões práticas:

    • Privatize o seu perfil: Ajuste as definições de privacidade para que apenas pessoas da sua confiança possam ver o seu conteúdo.
    • Bloqueie o stalker: Não hesite em bloquear utilizadores que mostrem comportamentos invasivos ou suspeitos.
    • Guarde provas: Faça capturas de ecrã de mensagens, interações e outros comportamentos abusivos para que possa usá-los como prova, caso seja necessário.
    • Denuncie às autoridades: Em situações graves, contacte as autoridades e considere obter aconselhamento jurídico.

    O stalker em Portugal pode ser condenado a uma pena de prisão até 3 anos, dependendo da gravidade da situação. Para além da prisão, o stalker pode ser obrigado a pagar multas e ser alvo de medidas de afastamento da vítima, garantindo a sua segurança. A lei é clara na proteção das vítimas de perseguição, seja ela física ou digital.

    Sim, as redes sociais oferecem ferramentas específicas para denunciar perfis que estejam a violar as suas políticas, incluindo o stalking. Ao denunciar, as plataformas podem investigar e, em muitos casos, bloquear ou banir o utilizador que esteja a praticar o comportamento abusivo. A sua denúncia é essencial para garantir a segurança da sua conta e para que a rede social tome medidas adequadas.

    Se for vítima de stalking nas redes sociais, é importante agir de forma rápida e informada. Pode obter ajuda legal junto de advogados especializados em crimes digitais, como os da QUOR Advogados, que podem aconselhá-lo sobre os passos a seguir, desde a recolha de provas até à apresentação de queixa formal.